Como
demonstrar que amamos nossos filhos?
Nosso
modelo de educação e amor será a base para construção do sujeito que aprenderá
(ou não) amar e cuidar daqueles ao seu redor.
Todo ser humano necessita sentir-se
amado e essa experiência vai determinar muito como cada pessoa vai futuramente
se ver e se valorizar. É a partir dessas vivências na infância e
juventude que se constrói a auto percepção e a auto valorização. Na verdade
esse processo nunca se encerra, afinal sempre precisamos nos sentir amados e
reconhecidos, mas é nos anos iniciais da vida da criança que essas
vivências de amor (ou a falta delas) terão maior impacto na sua autoestima. Mas
como podemos demonstrar amor ao nossos filhos?
A criança que é amada sente-se feliz,
segura e é capaz de reproduzir esse amor nas relações a sua volta. Existem
várias forma de se comunicar o amor entre pais e filhos, mas
precisamos estar atentos a forma como cada criança ou jovem a recebe ou
aceita recebê-la.
Já parou para pensar que tem criança
que adora ser abraçada, beijada e outras que reagem a esse contato físico,
preferindo o elogio e a participação dos pais nas suas atividades? Assim também
acontece com os jovens. Alguns aceitam a manifestação afetiva física enquanto,
a maioria nesta fase prefere o reconhecimentos de suas necessidades e o elogio
discreto de palavras de afirmação.
Reservar tempo para dar atenção aos
filhos é uma boa forma de demonstrar amor, e de estar “em contato” com
eles. Fazer coisas junto deve significar para o filho que ele
é o motivo e a razão da atenção dos pais naquele momento. Sendo assim,
participar das atividades dos filhos e COM os filhos é uma forma muito
clara de interesse por eles e pelo seu universo.
Ouvi-los com atenção é uma outra
forma de respeito e reconhecimentos. Nem sempre precisamos intervir, apenas dar
espaço para que falem e processem suas histórias e aprendizagens.
Seja espontâneo nas sua relação com
seus filhos. Encontre ou reserve momentos de total disponibilidade para estar com
eles. São nestes momentos que demonstramos de forma mais autêntica nosso afeto
e a importância deles na nossa vida.
Incentive-o nas suas
dificuldades e esteja ali para apoiá-lo se necessário. Respeite sua individualidade
e saiba a hora de dizer um “não”. Isso também é amor! Filhos
precisam saber que existem limites e você é a melhor pessoa para ensiná-lo.
Existem muitas formas de manifestar
seu amor, seja através de um bilhete, de um abraço, de um beijo, de palavras,
de um colo ou mesmo do seu silêncio quando ele for a melhor resposta para um
filho. A forma como cada pai ou mãe vai demonstrar esse afeto depende também do
jeito de cada um e da sua facilidade/dificuldade em lidar com isso.
Lembre-se que estamos educando e
criando filhos que serão cidadãos e terão suas próprias famílias e filhos. Nosso
modelo de educação e amor será a base para construção desse sujeito que
aprenderá ( ou não) amar e cuidar daqueles ao seu redor. Afinal quem
ama cuida e quem se sente amado e cuidado reconhece esse amor e retribuir com
relações mais equilibradas, saudáveis e afetivas.
Vânia Vidal de
Oliva
Psicóloga Clínica com 30 anos de experiência no atendimento de
adolescentes, adultos e na orientação familiar. Atua hoje na Clinica Casa do
Crescer na cidade de Curitiba. Colunista do
site Mãezíssima
Nenhum comentário:
Postar um comentário