quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Como demonstrar que amamos nossos filhos?
Nosso modelo de educação e amor será a base para construção do sujeito que aprenderá (ou não) amar e cuidar daqueles ao seu redor.

Todo ser humano necessita sentir-se amado e essa experiência vai determinar muito como cada pessoa vai futuramente se ver e se valorizar. É a partir dessas vivências  na  infância e juventude que se constrói a auto percepção e a auto valorização. Na verdade esse processo nunca se encerra, afinal sempre precisamos nos sentir amados e reconhecidos, mas é nos anos iniciais da vida da criança que essas vivências de amor (ou a falta delas) terão maior impacto na sua autoestima. Mas como podemos demonstrar amor ao nossos filhos?

A criança que é amada sente-se feliz, segura e é capaz de reproduzir esse amor nas relações a sua volta. Existem várias forma de se comunicar o amor entre pais e filhos, mas precisamos estar atentos a forma como cada criança ou jovem a recebe ou aceita recebê-la.

Já parou para pensar que tem criança que adora ser abraçada, beijada e outras que reagem a esse contato físico, preferindo o elogio e a participação dos pais nas suas atividades? Assim também acontece com os jovens. Alguns aceitam a manifestação afetiva física enquanto, a maioria nesta fase prefere o reconhecimentos de suas necessidades e o elogio discreto de palavras de afirmação.

Reservar tempo para dar atenção aos filhos é uma boa forma de demonstrar amor, e de estar “em contato” com eles. Fazer coisas junto deve significar para o filho que ele é o motivo e a razão da atenção dos pais naquele momento. Sendo assim, participar das atividades dos filhos e COM os filhos é uma forma muito clara de interesse por eles e pelo seu universo.

Ouvi-los com atenção é uma outra forma de respeito e reconhecimentos. Nem sempre precisamos intervir, apenas dar espaço para que falem e processem suas histórias e aprendizagens.

Seja espontâneo nas sua relação com seus filhos. Encontre ou reserve momentos de total disponibilidade para estar com eles. São nestes momentos que demonstramos de forma mais autêntica nosso afeto e a importância deles na nossa vida.

Incentive-o  nas suas dificuldades e esteja ali para apoiá-lo se necessário. Respeite sua individualidade e saiba a hora de dizer um “não”. Isso também é amor! Filhos precisam saber que existem limites e você é a melhor pessoa para ensiná-lo.

Existem muitas formas de manifestar seu amor, seja através de um bilhete, de um abraço, de um beijo, de palavras, de um colo ou mesmo do seu silêncio quando ele for a melhor resposta para um filho. A forma como cada pai ou mãe vai demonstrar esse afeto depende também do jeito de cada um e da sua facilidade/dificuldade em lidar com isso.

Lembre-se que estamos educando e criando filhos que serão cidadãos e terão suas próprias famílias e filhos. Nosso modelo de educação e amor será a base para construção desse sujeito que aprenderá ( ou não) amar e cuidar daqueles ao seu redor. Afinal quem ama cuida e quem se sente amado e cuidado reconhece esse amor e retribuir com relações mais equilibradas, saudáveis e afetivas.

Vânia Vidal de Oliva
Psicóloga Clínica com 30 anos de experiência no atendimento de adolescentes, adultos e na orientação familiar. Atua hoje na Clinica Casa do Crescer na cidade de Curitiba. Colunista do site  Mãezíssima

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